terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dicas para uma boa redação no ENEM

DICAS PARA UMA BOA REDAÇÃO NO ENEM

As dicas que seguem podem ajudá-lo a desenvolver um texto coeso e coerente e, sobretudo, de acordo com a proposta de Redação estabelecida. Os aspectos de coesão, coerência, clareza de idéias e emprego da linguagem mais formal são características indispensáveis à dissertação, gênero textual cobrado na maioria dos concursos vestibulares, assim como no ENEM.

NO MOMENTO DA PROVA

Leia atentamente a todas as instruções gerais da prova. É na parte de instruções que constam, muitas vezes, alguns aspectos a serem contemplados em sua redação.

Faça uma leitura minuciosa e atenta da (s) proposta (s) de produção de texto, bem como dos chamados “textos de apoio” (textos que acompanham o tema). Uma leitura atenta ajudará você no desenvolvimento de sua redação. No caso dos textos imagéticos (charges, cartuns, quadrinhos etc.), fique atento a todos os detalhes. Passe um “pente fino” na imagem. Às vezes o sentido desses textos encontra-se nos detalhes e/ou na intertextualidade com outros gêneros.

Após etapa de leitura, selecione e organize seus conhecimentos acerca do tema escolhido (proposto). Este é um momento muito importante, pois devido ao exíguo tempo disponibilizado para a produção de seu texto, você deverá planejar em linhas gerais seu texto. Por exemplo: seleção da (s) idéia (s) central (centrais), escolha dos argumentos, exemplos, citações etc.

Como você sabe, um texto dissertativo é composto, basicamente de três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Diante disso, pressupõe-se que seu texto deverá ter no mínimo três (03) parágrafos.

Na introdução você deve apresentar sua TESE; posicione-se politicamente.

No (s) parágrafo (s) seguinte (s), o (s) de desenvolvimento, é a hora de fundamentar a tese, argumentando, justificando a partir de exemplos, dados estatísticos, fatos históricos, citações etc.

A conclusão é uma decorrência natural do texto. Geralmente é o momento de se apresentar uma proposta quanto à solução para a problemática discutida. É arremate. É bom fechar com chave de ouro. Fuja das expressões ‘e para concluir, concluindo, para encerrar...’.

Use a língua culta, evitando gírias, neologismos, coloquialismos, chavões, provérbios, repetição de vocábulos...


IMPORTANTE

Todas as dicas acima de nada servirão se o candidato não conhecer o tema proposto. Diante disso, o que recomendamos é leitura, leitura e leitura. Ler a bons jornais e boas revistas, romance etc. A leitura melhora nosso vocabulário e nos ajuda na construção de nosso estilo.

Leia sobre temas, como por exemplo: meio ambiente, aquecimento global, preservação do planeta, relacionamentos humanos no século XXI, conseqüências dos bullyings no ambiente escolar, as mudanças do ENEM, influências da mídia em nossa vida, corrupção política, violência, o stress da vida moderna, desenvolvimento tecnológico X qualidade de vida, importância da leitura em nossa vida, etc.

ÚLTIMA DICA

ACREDITE EM VOCÊ!!!!!!!!!!!!!

BOA PROVA!!!!

Abraços,
Prof. Dulcinea Silva

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dicas de Interpretação de texto e Redação

No próximo final de semana, será realizado o ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio. Certamente você sabe que o ENEM mudou e dentre as mudanças mais significativas está a forma de "cobrar" o conteúdo. As questões serão mais contextualizadas e a leitura e a interpretação serão a chave das respostas. O trabalho com diferentes gêneros textuais também permearão esse novo ENEM. Pensando nessas mudanças e numa tentativa de colocar nosso aluno em contato mais direto com esse tipo de questão, apresentamos em nossas aulas de Redação, algumas dicas referentes à leitura e interpretação de textos, bem como alguns cuidados básicos com relação à interpretação do tema da redação e dicas para uma produção de texto que atenda às orientações da prova do ENEM.
Dessa forma, estamos colocando á sua disposição os slides utilizados nas aulas de Redação da 2ª e 3ª Séries do Ensino Médio, bem como as referências bibliográficas utilizadas por nós.
Esperamos que essas informações sejam úteis.
Prof. Dulcinea Silva

Segue no seguinte link os slides citados acima.
Dicas de interpretação de texto e redação

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Slides sobre o Realismo e Machado de Assis

Slides utilizados nas aulas de Literatura, pela Prof. Dulcinea Silva, com a turma da 3ª Série / Ensino Médio - CAXO / COC.
Clique nos seguintes links para o download:

Slides de Redação

Slides utilizados nas aulas de Redação - Prof. Dulcinea Silva - Turma - 2ª Série/Ensino Médio.
Clique aqui para o download.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Leitura e Produção de Texto

Parece que virou senso comum afirmar que "o estudante brasileiro não sabe ou não gosta de escrever"; acreditamos que a falta de prática de produção de textos está diretamente ligada a alguns fatores determinantes:
1. Para que o estudante brasileiro escreve?
2. Por que ele escreve?
3. Sobre o que ele escreve?
4. Para quem ele escreve?
Dentre os fatores elencados acima, acreditamos que os dois último devem ser repensados pela escola. Não dá mais para suportar os maçantes temas dados para que o aluno desenvolva texto. Quem ainda aguenta escrever sobre 'Minhas férias'? O segundo fator citado por nós é sobre quem vai ler os textos produzidos pelos alunos. Pensar nesse ponto, faz-nos refletir da seguinte forma: que escritor produziria uma obra se soubesse que apenas uma pessoa leria seus escritos? Acreditamos que poucos ou talvez nenhum. E é exatamente isso que se dá com o texto dos alunos - apenas o professor de redação (e às vezes nem ele) lê os textos dos discentes.
Diante disso, é preciso que a escola repense sua prática de produção de texto, dando uma finalidade aos textos produzidos por sua clientela. Só assim estaremos contribuindo para a formação de leitores e escritores proficientes.
Prof. Dulcinea Silva

Realismo: Estilo Marcante

O Realismo surgiu na segunda metade do século XIX. Foi essencialmente uma reação ao idealismo da literatura romântica.
O escritor francês Victor Hugo faz denúncias da vida miserável dos pobres na França, em romances que se consagraram, como o célebre "Os Miseráveis".

Por esse motivo é importante ressaltar que o Realismo reage contra um determinado aspecto do movimento romântico e que o romantismo não deixa de apresentar certo caráter realista, principalmente no que toca a descrição de cenários e costumes.
A vida como ela é
Os realistas, entretanto, queriam focalizar os fatos tal qual se apresentavam em seu lado mais sombrio, despindo a ficção da fantasia. Para isso, deslocam o olhar do mundo dos ricos para o mundo dos pobres. Ou ainda, quando fixam o universo burguês, deixam de lado as aparências para procurar as essências, desmistificando as hipocrisias da sociedade.

Um exemplo que não pode deixar de ser citado, até por ser o pioneiro, é romance "Madame Bovary" (1857), de Gustave Flaubert, que critica com sutil ironia a hipocrisia da educação sentimental burguesa. A partir daí, a obra literária tornou-se um instrumento de denúncia e crítica social.
Forma e conteúdo
Para isso, foi necessária uma transformação na linguagem, que abandonou o tom sublime das obras românticas, tornando-se mais objetiva e próxima daquela realmente falada pelas personagens focalizadas. Ao mesmo tempo, procurou-se uma utilização da língua nos moldes gramaticais, mais clássicos, deixando de lado as inflexões regionalistas que o nacionalismo romântico cultivava.

No âmbito do conteúdo, na literatura realista não há heróis: pessoas comuns protagonizam os romances. Os autores estão preocupados em fixar sua psicologia, mostrando o que há por trás de suas ações ou atitudes. Assim escreverão os autores europeus como Flaubert, Dickens, Dostoievski e outros criadores do romance moderno, bem como seus seguidores de Portugal e do Brasil.

No Brasil, o Realismo e o Naturalismo – subdivisão da escola realista – têm como marco inicial o ano de 1881, com a publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e "O Mulato", de Aluísio Azevedo. Sete anos mais tarde, em 1888, "O Ateneu", de Raul Pompéia, vem se enquadrar no movimento, apesar de apresentar particularidades muito originais, seguindo-se a obra mais completa de nosso Naturalismo que é “O Cortiço” de Aluísio Azevedo.
Contexto sócio-histórico
As duas décadas de vigência do Realismo e do Naturalismo no país foram um período conturbado e de grandes transformações na nossa história social, política, econômica e literária. Entre os fatos mais importantes, podem ser elencados a abolição da escravatura (1888), a Proclamação da República (1889), as revoltas militares, especulação na Bolsa de Valores, o Encilhamento, o surgimento das primeiras escolas de direito, início da entrada de filosofia positivista.

Tanta transformação impulsionou a ficção literária, que por sua vez, fez aparecer outras áreas na literatura brasileira, antes quase inexistente, como textos jornalísticos (José do Patrocínio), crítica literária (José Veríssimo e Araripe Júnior), estudos históricos (Joaquim Nabuco, Oliveira Lima e Capistrano de Abreu), pesquisas culturais e história da literatura (Sílvio Romero), ensaios (Tobias Barreto, Euclides da Cunha), além das crônicas e, principalmente, os contos.

Nessa época Machado de Assis fundou a Academia Brasileira de Letras (1897), que segundo os críticos, oficializou a Literatura Brasileira. Mas o movimento se encerra na primeira década do século 20, com as publicações de "Os Sertões", de Euclides da Cunha, "Canaã", de Graça Aranha, ambos em 1902, e com o surgimento de Lima Barreto, que ainda tem uma obra impregnada das tendências sociais do Realismo, apesar de se encontrar na fronteira, e também ser considerado um pré-modernista.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Slides da Literatura Brasileira

Slides utilizados nas aulas de Literatura Brasileira - Turma da 1ª Série / Ensino Médio.
Clique aqui para o download.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Romantismo

Introdução

O Romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.
O início da estética romântica teve seus primeiros acordes na Itália, Alemanha e Inglaterra.
Os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.
As características principais deste período são: valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Artes Plásticas

Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte.

Literatura
Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram: amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se o livro Os Miseráveis de Victor Hugo.

Música
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.

Teatro
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.

O ROMANTISMO NO BRASIL
Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do país. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso país e o cotidiano popular.
O Romantismo é o primeiro grande estilo literário brasileiro e há uma tentativa de consolidação de uma literatura de caráter nacional. É durante o Romantismo que temos publicado nosso primeiro romance “A Moreninha” (1844), de Joaquim Manuel de Macedo. E temos a marca inconfundível de um dos maiores escritores brasileiros, José de Alencar e sua vasta obra romântica.
Nossa literatura romântica se destaca ainda, na poesia com as três fases ou gerações bem definidas: 1ª Geração: Indianista, que teve como principais representantes são Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães; 2ª Geração: Ultra-romântica, representada por Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire; 3ª Geração: Condoreirismo, representada principalmente por Castro Alves e Tobias Barreto.
(Texto da Prof. Dulcinea Silva)